METEOROLOGIA
NUVENS - DEFINICAO Sao condensacao ou sublimacao de vapor d'
agua em altitudes acima da superficie.
PROCESSO DE FORMACAO DAS NUVENS:
PROCESSO O ar na superficie perde a densidade e
CONVECTIVO ascende. Ao elevar-se resfria-se adiabati
camente, atingindo a temperatura de ponto
de orvalho,iniciando a formacao de nuvens
PROCESSO O ar aquecido e umido, trazido pelos ven-
ADVECTIVO tos, entra em contato com regioes mais
frias, acarretando um aumento de umidade,
resultando em formacao de nuvens.
PROCESSO Devido a ascensao do ar na encosta do re-
OROGRAFICO levo, este sofre um resfriamento adiabati
co e, as nuvens vao se formando tal qual
no processo convectivo. Ocorre normalmen-
te a barlavento [do lado do vento] do re-
levo.
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CLASSIFICACAO DAS NUVENS:
PELO ESTADO FISICO:
ESTRATIFORMES desenvolvimento horizontal acen
tuado com pouca profundidade
vertical. Sao produzidas em ar
estavel devido ao movimento do
vento.
CUMULIFORMES Grande desenvolvimento vertical
e pequeno horizontal, ar esta-
vel e movimento convectivo acen
tuado.
CIRRIFORME normalmente em niveis elevados4
devido ao movimento forte do
vento.
PELO ESTAGIO DE FORMACAO:
BAIXAS de 30 m a 2.000 m
MEDIAS de 2.000 m a 8.000 m
ALTAS acima de 8.000 m
PELO GENERO ou FAMILIA:
BAIXAS ST - STRATUS
SC - STRATOCUMULUS
MEDIAS AS - ALTOSTRATUS
AC - ALTOCUMULUS
NS - NIMBUSTRATUS
ALTAS CS - CIRRUSTRATUS
CG - CIRROCUMULUS
CI - CIRRUS
NUVENS DE DESENVOLVIMENTO VERTICAL
CU - CUMULUS
CB - CUMULONIMBUS
TURBULENCIA
E' o resultado da movimentacao do ar, tanto na HORIZONTAL co
mo na direcao VERTICAL. O maior ou menor EFEITO DA TURBULEN-
CIA sobre um aeronave em voo, varia com a VELOCIDADE DA AERO
NAVE e com a VELOCIDADE DAS CORRENTES DE AR em movimento a-
traves das quais esta aeronave esta' voando.
TURBULENCIA CONVECTIVA - Tambem chamada de TURBULENCIA TERMI
CA, e' um tipo de turbulencia que embora incomoda, pode o pi
loto beneficiar-se de alguns efeitos [TERMICAS ASCENDENTES].
Esta turbulencia esta' associada ao AQUECIMENTO DA SUPERFI-
CIE DA TERRA PELO SOL. Devido a variacao de composicao da es
trutura da superficie da terra, a quantidade de calor absor-
vida pelo solo, de uma area para outra, PODE VARIAR MUITO em
uma PEQUENA DISTANCIA.
Exemplo: Uma ESTRADA ASFALTADA absorve mais calor do que u-
ma AREA DE VEGETACAO e, o resultado disto e' que o ar sobre
a area mais aquecida [ASFALTO], ficara' mais quente que o ar
sobre a mais fria [VEGETACAO] e, comecara' a subir. 'A medi-
da que o ar quente sobre o ar frio desce. Sao estas corren-
tes [ascendentes e descendentes] que criam a turbulencia ter
mica.
TERRENO ROCHOSO ABSORVE MENOS CALOR = MENOS AR ASCENDENTE
CAMPO CULTIVADO ABSORVE MAIS CALOR = MAIS AR ASCENDENTE
LAGO ABSORVE MENOS CALOR = MENOR AR ASCENDENTE
ESTRADA ASFALTADA ABSORVE MAIS CALOR = MAIS AR ASCENDENTE
ARVORES ABSORVE MENOS CALOR = MENOR AR ASCENDENTE
CAMPO DE POUSO ABSORVE MAIS CALOR = MAIS AR ASCENDENTE
TURBULENCIA MECANICA - Tambem chamada TURBULENCIA DE SOLO.E'
o tipo mais comum de turbulencia encontrada pelo piloto de
um ULM. E' formada pelo ar passando em torno de ojetos no so
lo, formando verdadeiras ondas ou redemoinhos de vento.
Este tipo de turbulencia e' encontrado geralmente ao momento
de pousos e decolagens.
TURBULENCIA OROGRAFICA - E' semelhante 'a turbulencia mecani
ca, exceto que, ocorre 'a alturas menores e, pelo ar passan-
do pelo TOPO DE UMA MONTANHA.
'A medida que o ar sopra sobre a montanha, do lado do vento
[BARLAVENTO], ele deflete o vento para cima ANTES DE PASSAR
PELO TOPO, provocando uma CORRENTE ASCENDENTE, podendo atin-
gir ate' 4 quilometros paralelos 'a linha do cume da monta-
nha.
Assim como o VENTO DEFLETE e SOBE A BARLAVENTO,ele DEFLETE e
DESCE A SOTAVENTO [pela encosta abaixo] da mesma montanha
provocando uma CORRENTE DESCENDENTE, que sera'tanto mais for
te, quanto mais forte for o vento.
Ao operar um ULM proximo a uma encosta de montanha, o piloto
deve ficar atento pois, certamente vai enfrentar uma turbu-
lencia com uma descendente ao se aproximar da mesma.
TESOURA DE VENTO - Esta turbulencia e' causada pela interces
sao de camadas de VENTOS EM DIFERENTES DIRECOES ou DIFEREN-
TES VELOCIDADES. Isto pode ocorrer no sentido VERTICAL e no
sentido HORIZONTAL. Um exemplo de local com tesoura
de vento e' quando os ventos da superficie estao calmos e os
ventos mais altos estao a uma velocidade muito maior. A li-
nha divisoria entre as duas areas de vento sera' uma faixa
estreita e de forte turbulencia.
TURBULENCIA DE ESTEIRA - E' gerada por OUTRA AERONAVE. Nao
e' resultante de fatores meteorologicos mas, E' DE GRANDE IM
PORTANCIA para os pilotos de ULM, principalmente 'a baixa al
tura e, no pouso ou na decolagem.
A turbulencia de esteira e' o resultado direto do movimento
da asa de uma aeronave atraves do ar gerando sustentacao. Os
ULMs geram turbulencia de esteira MODERADA. Quanto maior a
aeronave, mais forte e violenta sera' esta turbulencia.
RECOMENDACOES DURANTE O POUSO E DECOLAGEM:
[a] Ao se aproximar para pousar atras de uma aeronave, voar
acima da trajetoria de voo desta aeronave e, tocar na
pista apos o ponto de pouso da outra;
[b] Ao decolar em seguida a outra aeronave, o piloto deve de
colar antes de atingir o ponto de decolagem da outra e
quando atingir altitude segura, sair o mais breve da tra
jetoria seguida por aquela.
OS VENTOS
Quando uma regiao sobre a superficie da terra sofre o aqueci
mento provocado pelo Sol, o calor comeca a ser transmitido
para o ar em contato com esta superficie. Este ar aquecido
expande-se , perde densidade e eleva-se como um balao de ar
quente.
O ar das proximidades flui para substitui'-lo e, igualmente
se aquece e ascende. Forma-se desta maneira, uma verdadeira
coluna de ar ascendente, UMA CONVECTIVA TERMICA. Observa-
se neste ponto que o ar da vizinhanca desta area, flui para
a area, ocupando o espaco deixado pelo ar quente e que ascen
deu. Este passa a sofrer o processo de aquecimento tambem e,
ascende da mesma forma. Conclusao: com o MOVIMENTO ASCENDEN-
TE das correntes termicas, surgem igualmente os MOVIMENTOS
HORIZONTAIS do ar, originando-se entao, os VENTOS.
Os ventos possuem DIRECAO, VELOCIDADE e CARATER. A direcao
e' dada de 10 em 10 graus; a velocidade e' sempre referencia
da em kt [nos] e o carater do vento se refere ao fluxo conti
nuo ou em rajadas. O vento se caracteriza como RAJADA sempre
que se observa durante um determinado espaco de tempo que, a
velocidade media possui um valor e, por pequenos lapsos de
tempo, ocorrem picos de velocidades superiores em pelo menos
10 nos a estes valores medios.
Ha' ocasioes em que a direcao torna-se impossivel de ser de-
terminada, devido a grande oscilacao do vento. Nestes casos
costuma-se dizer que o vento e' variavel.
CLASSIFICACAO DOS VENTOS:
VENTO CALMO de ate' 3 kt;
FRACO entre 3 a 5 kt;
NORMAL entre 5 a 10 kt;
FORTE entre 10 a 25 kt;
IMPORTANTE: As outras classificacoes de ventos nao interes-
sam aos Pilotos de ULM;
OS VENTOS FORTES E OS VENTOS DE DIRECAO VARIAVEL
SAO PESSIMOS PARA OPERACAO DE ULM.
ESTABILIDADE / INSTABILIDADE DO AR:
Conforme as NUVENS temos:
AR ESTAVEL Nuvens NS, AS, CS.
[NUVENS ESTRATIFICADAS]
AR INSTAVEL Nuvens CU, CB, AC, CC.
[NUVENS CUMULIFORMES]
A NUVEM STRATOCUMULUS apresenta uma situacao externa ESTAVEL
com voo suave fora da nuvem e, INSTAVEL e agitado dentro de-
la.
CORRENTES DESCENDENTES E TERMICAS - E' o movimento de ar
frio que, descendo, vem substituir parte do ar em ascensao
termica.
Quando nao ha' formacao de nuvens, mas persistem correntes
ascendentes, diz-se que estas sao TERMICAS [CONVECCAO].
REGRAS PARA VOAR COM AR AGITADO:
[1]-REDUZIR A VELOCIDADE, para que os impactos contra os re-
demoinhos de ar sejam mais suaves e menos sujeitos a cau
sarem fadigas materiais;
[2]-Acionar o menos possivel com os comandos e, evitar rea-
gir com os mesmos a cada rajada que sentir;
[3]-EVITAR sempre que possivel as areas de TURBULENCIA MAIS
ATIVA, tais como:
[a] NAO VOAR SOBRE CUMULUS - Contorna'-los 'a distancia;
[b] Passar BEM AO LARGO, LONGE DOS CBs;
[c] EVITAR voar logo ABAIXO DAS BASES ESCURAS dos CBs,
dos NIMBOSTRATUS e dos STRATOCUMULUS e, se o tempo
estiver encoberto, NAO VOAR DE MANEIRA ALGUMA ABAIXO
DE ROLOS DE NIMBOSTRATUS;
[d] EVITAR turbulencia mecanica, proxima de grupos de E-
DIFICIOS, ALTOS HANGARES e, pequenas elevacoes verti
cais;
[e] EVITAR o topo de ONDAS OROGRAFICAS e SOTAVENTO DE E-
LEVACOES [NUVEM LENTICULAR].
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